há silêncios em mim
que calar não posso
falam de tudo
em absurdo
absoluto
de tudo, tudo
- - - -
atormentam-me
em seu murmúrio
em vir suave
sem idioma definido
idioma de tudo
- - - -
não compõem
não prosam
são medonhos
doem-me
e eu em
silêncio
com tantos dentro de mim
calo-me
- - - -
para não os ouvir
me entupo de
tudo
do que é bom
e do que é mau
de tudo
- - - -
mas sei que estão lá
na penumbra funda
aguardando
Omnipresentes
presentes
imóveis
todos eles
silêncios
aguardando
para me gritar
para me lembrar
- - - -
que silêncios estes?
são só meus?
o são de todos?
que silêncios estes?
o são do mundo?
...
são silêncios
pronto, pronto!!
...
agora
presentes estão
entre
silvo~vento
bramir~espuma
“mar” ! “mar”
“amar” ! “mar” ! “amar”
... silêncio ...
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hugo - chavy - is