sexta-feira, 22 de julho de 2011






D. SEBASTIÃO
Rei de Portugal

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

f. pessoa

Elmo de S.A.R. D. Sebastião



O Imperador da Iíngua Portuguesa



O céu 'strela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à glória tem,
Imperador da língua portuguesa,
Foi-nos um céu também.


No imenso espaço seu meditar,
Constelando de forma e de visão,
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.


Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia; e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira as margens do Tejo.


f. pessoa