sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

eStoiro e eSpumo




um dia
eSpero
tornar-me
onda

rebenta
eStoira
contra rochedo
eSpuma

e

volta sempre
ao mar
volta
a
ser
Mar


à
r*o*s*a

3 4 6 .

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

á r v o r e



habitam no seu peito
medonhas criaturas que
lhe devoram as entranhas
são como máquinas
inquietas e estridentes

angustiado

crava as unhas no peito
abre-o com ardor
de lá uma pequena árvore sai
suas pequenas raízes
logo se apressam a agarrar
a terra macia
ele alimenta-a depois
ali sentado regando-a sempre
sempre que sente seus lábios secarem

tempo passa

depressa se torna uma árvore
uma árvore como já teve
frondosa e carregada de frutos
agora paciente resta-lhe esperar
esperar por Ela
que venha colher
os frutos renovados

bruno m. b. rodrigues

Requiem Absurduum




Absurdamente
me ocorre
pensar
“ a vida eu sinto “

lá ela pode
[A Obscena]
dar tal
coisa . . .
nada “É”

O Tudo
foi . . . é . . . possíbilidade

Que âncora
nos tem
Tudo isto . . .

N E N H U M A

Fui . . . sou . . . serei
Absurdo
Vagalume.


[em reverência, Sr. Ninja]

8 3 6 .

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011