Ó noite maternal e relembrada
Dos principios obscuros de viver !
Ó noite fiel á escoridão sagrada
D`onde o mundo é o crime de nascer !
Ó noite suave á alma fatigada
De querer na descrença poder crêr !
Cerra-me e involve-me… Eu não sou nada
Senão alguem que quér a ti volver.
Ó Noite Antiga e misericordiosa
Que seja todo em ti a indefinida
Existencia que a alma me não gosa.
Sê meu ultimo ser ! dá-me por sorte
Qualquer cousa mais humana qua a vida
Qualquer cousa mais tua do que a Morte.
F.P. * vicente guedes