sábado, 22 de dezembro de 2007

Druidas

Os Druidas

Os Druidas eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade: a Deusa.
Eles faziam dos campos e das florestas seus locais de culto porque não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos construídos por mãos humanas. Os locais de suas cerimonias eram, principalmente onde houvessem antigos carvalhos. Os druidas eram parte da antiga civilização Celta, povo que se espalhava da Irlanda até vastas áreas no norte da Europa ocidental, incluindo a Bretanha Maior e Menor (Inglaterra e norte da França) e parte do extremo norte da península ibérica (Portugal e Espanha). Os Druidas dominavam muito bem, as áreas do conhecimento humano, cultivavam a música, a poesia, tinham notáveis conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia, e possuíam um avançado sistema filosófico muito semelhante ao dos neoplatônicos. Na cultura druídica, a mulher tinha um papel preponderante, pois era vista como a imagem da Deusa, detentora do poder de unir o céu (o Deus, o eterno aspecto masculino) à terra (a Deusa, o eterno aspecto feminino). Assim, o mais alto posto na hierarquia sacerdotal druídica era exclusividade das mulheres. O mais alto posto masculino seria o de conselheiro e "mensageiro" dos deuses, e, entre outras denominações, recebiam o nome de Merlin.
O Povo Celta, não usavam a escrita para transferir seus conhecimentos fundamentais - embora conhecessem uma forma de escrita chamada rúnica por isso, construíra-se dentro de uma tradição eminentemente oral. Por isso após o domínio do cristianismo perdemos muito da história dos Druidas, e até hoje muita coisa permanece envolta em mistério. A história dos Druidas esconde-se frequentemente entre diversas lendas, como a do Rei Arthur, onde Merlin e a meia-irmã de Arthur, Morgana, eram Druidas.
Os Druidas acreditavam na Imortalidade da Alma, que buscaria seu aperfeiçoamento através das vidas sucessivas (reencarnação). Eles acreditavam que o homem era o responsável pelo seu destino de acordo com os actos que livremente praticasse. Toda a acção era livre, mas traria sempre uma consequência, boa ou má, segundo as obras praticadas. Quanto mais cedo o homem despertasse para a responsabilidade que tinha nas mãos por seu próprio destino, melhor. Ele teria ainda a ajuda dos espíritos protectores e sua liberação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida. Ele também teria a magna responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entender essa lei, conhecida hoje por lei do carma (que é uma denominação hindu, não druídica).

Os grandes sacerdotes druidas eram conhecidos como as serpentes da sabedoria, e, numa paródia sem graça, São Patrício ficou conhecido por ter expulso "as serpentes da Bretanha". Mas o fascínio destas pessoas não poderia desaparecer de repente. Eles se perpetuaram nos romances dos menestréis e trovadores medievais, e sua influência fez-se sentir nos vários movimentos místicos e contestatários da Idade Média, especialmente entre os Cátaros e na Ordem dos Templários.

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